Ministro interino do GSI, Ricardo Cappelli, acusa os generais de participação nos atos em Brasília dia 8 de janeiro
O ministro interino do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Ricardo Cappelli, acusou os generais Augusto Heleno e Walter Braga Netto, ambos ex-ministros do governo de Jair Bolsonaro, de participação nos atos extremistas ocorridos em 8 de janeiro. Em sua conta no Twitter, Ricardo Cappelli afirmou ter presenciado as ações dos generais durante as manifestações.
“Sei o que vi e ouvi comandando as tropas no dia 8/01. Não é possível falsificar fatos como tentam fazer os extremistas. Onde estão Heleno e Braga Netto? Se há um general conspirador e golpista, não é o honrado G. Dias”. (Ricardo Cappelli, atual ministro do GSI) pic.twitter.com/0TE5BxNLM1
— Blog do Noblat (@BlogdoNoblat) April 23, 2023
As acusações de Ricardo Cappelli surgiram após a divulgação de imagens do circuito interno de segurança do Palácio do Planalto, que mostram o então ministro do GSI, general Gonçalves Dias, circulando pelos corredores do prédio no dia dos protestos e indicando rotas de saída para alguns dos invasores. Gonçalves Dias pediu demissão após a exibição das imagens.
Segundo Ricardo Cappelli, não há desconfiança do governo com relação à lealdade de Gonçalves Dias a Lula. No entanto, o ministro interino afirmou que as investigações da Polícia Federal indicarão a participação do general Heleno nos atos extremistas.
A lei será cumprida https://t.co/cDCQ95DapV
— Ricardo Cappelli (@RicardoCappelli) April 23, 2023
As declarações de Ricardo Cappelli geraram repercussão em todo o país. Os generais Heleno e Braga Netto ainda não se manifestaram sobre as acusações. O GSI afirmou que irá apurar as declarações do ministro interino.
Os atos extremistas em 8 de janeiro ocorreram em frente ao Congresso Nacional, em Brasília. Manifestantes invadiram a sede do Legislativo e fizeram agressões verbais e ameaças a políticos e jornalistas. O governo de Jair Bolsonaro foi criticado pela falta de ação diante dos protestos e pela suposta participação de membros do Executivo nas manifestações.