O Ministério Público Eleitoral apresentou uma ação para suspender o registro de candidatura de Pablo Marçal, coach e candidato do PRTB à Prefeitura de São Paulo, sob a acusação de abuso de poder econômico. A ação foi movida após a candidata Tabata Amaral (PSB) alegar que Marçal estaria usando uma “estratégia de cooptação de colaboradores para disseminação de seus conteúdos em redes sociais.”
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Na ação, o MP destaca que há evidências de “transgressão quanto à origem de valores pecuniários, abuso de poder econômico e uso indevido de meios de comunicação social”. Segundo o texto, tais práticas podem resultar na cassação do registro de candidatura e inelegibilidade por até oito anos.
Pablo Marçal é acusado de prometer ganhos financeiros aos apoiadores que compartilham vídeos de apoio à sua candidatura nas redes sociais, o que, segundo o MP, é uma tentativa de burlar a proibição de impulsionamento pago estabelecida pela legislação eleitoral.
Em resposta, Pablo Marçal afirmou ao blog da Natuza Nery que as acusações são infundadas e que tudo não passa de uma tentativa de “frear o fenômeno Marçal”.
Especialistas entrevistados pelo GGN analisam o fenômeno Pablo Marçal, descrevendo-o como uma estratégia inteligente de negócios, onde uma comunidade de pessoas anônimas compete para produzir os melhores cortes de vídeos do coach. Isso tem gerado grande visibilidade e engajamento nas redes sociais.
No entanto, as estratégias de Pablo Marçal também têm causado polêmica, como evidenciado no debate da revista Veja, onde três candidatos se ausentaram devido à postura agressiva de Marçal. Especialistas apontam que a retórica debochada do coach visa silenciar opositores e controlar a pauta nas redes sociais, gerando engajamento com uma postura “disruptiva” e provocadora.
Com as acusações e críticas crescentes, a resposta de Pablo Marçal pode seguir a linha de se proclamar como um lutador solitário contra o sistema.