Minas Gerais decreta emergência por dengue e chikungunya

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O governo de Minas Gerais decretou situação de emergência em saúde pública em resposta ao preocupante cenário epidemiológico de arboviroses no estado, com ênfase nos casos de dengue e chikungunya. A medida, divulgada neste sábado (27) no Diário Oficial de Minas Gerais, destaca a gravidade da situação, com 11.490 casos confirmados de dengue e 3.067 casos confirmados de chikungunya registrados apenas nas três primeiras semanas de 2024.

O texto do decreto enfatiza que a dengue, em particular, apresenta uma predominância de infecções pelo sorotipo 1, mas preocupa ao mencionar a detecção de casos do sorotipo 3, que não circulava epidemicamente no Brasil há mais de 15 anos.

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A publicação concede autoridade ao governador de Minas Gerais, Romeu Zema, para tomar medidas administrativas que visem conter a propagação das arboviroses. Isso inclui a aquisição de insumos, materiais e a contratação de serviços necessários para lidar com a situação emergencial.

Além disso, o decreto estabelece a instalação do Centro de Operações de Emergências de Arboviroses, coordenado pela Secretaria de Saúde de Minas Gerais. Esse centro será responsável pelo monitoramento e gestão da situação de emergência no estado.

A vigência do decreto será de 180 dias.

Em outra frente, o Ministério da Saúde anunciou esta semana que 521 municípios brasileiros foram selecionados para iniciar a vacinação contra a dengue pelo Sistema Único de Saúde (SUS) a partir de fevereiro. Essas cidades compreendem 37 regiões de saúde consideradas endêmicas para a doença.

As regiões escolhidas atendem a três critérios: são formadas por municípios de grande porte, com mais de 100 mil habitantes; registram alta transmissão de dengue no período 2023-2024; e têm maior predominância do sorotipo DENV-2. Minas Gerais, entre outros 16 estados e o Distrito Federal, tem cidades que atendem a esses requisitos.

A vacinação, conforme o Ministério da Saúde, será direcionada a crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, faixa etária que concentra um elevado número de hospitalizações por dengue. Estatísticas indicam que, de janeiro de 2019 a novembro de 2023, esse grupo foi responsável por 16,4 mil hospitalizações, ficando atrás apenas dos idosos, para os quais a vacina ainda não foi autorizada.

Sarah Oliveira
Sarah Oliveira

Uma amante das palavras em uma jornada incessante de descoberta. Originária de São Paulo, encontro nas nuances da linguagem minha paixão. Com formação em Comunicação, tenho o prazer de guiar você pelos intrincados caminhos das notícias, oferecendo uma perspectiva única sobre o que acontece no Brasil e no mundo.

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