No dia 30 de agosto, as forças militares do Gabão declararam um golpe de Estado, marcando um momento significativo na história do país. O pronunciamento oficial foi transmitido em rede nacional durante uma transmissão ao vivo pela emissora de televisão Gabão 24.
De acordo com os militares, todas as principais instituições estatais, incluindo a Assembleia Nacional e o Senado, foram dissolvidas, e as fronteiras do país foram imediatamente fechadas como parte das medidas tomadas pelo grupo.
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O presidente Ali Bongo Ondimba, que havia recentemente assegurado o seu terceiro mandato por meio de eleições realizadas na semana anterior, foi colocado em prisão domiciliar. Sua última aparição pública ocorreu no sábado, quando ele exerceu seu direito de voto.
Os militares justificaram sua ação ao alegar a falta de credibilidade no processo eleitoral, declarando: “Em nome do povo gabonês, decidimos agir em prol da paz e encerrar o regime atual.”
Ali Bongo Ondimba, que havia sido reeleito com cerca de 64% dos votos, liderou o Gabão por 14 anos. A família do presidente deposto estava no poder há impressionantes 56 anos, praticamente desde a independência do país, e governou uma nação rica em petróleo.
A capital do Gabão, Libreville, viu centenas de cidadãos celebrarem nas ruas, expressando seu alívio com o fim do que chamaram de “reinado de Bongo”.
Se o golpe for bem-sucedido, será o oitavo na África Ocidental e Central desde 2020, com o mais recente ocorrendo no Níger no mês de julho. A situação no Gabão está em evolução, e o mundo observa com atenção os desenvolvimentos no país.
