Javier Milei, recém-empossado presidente da Argentina, assinou seu primeiro decreto, que reduz o número de ministérios pela metade em comparação com seu antecessor, Alberto Fernández. O governo ultraliberal de Milei agora conta com nove pastas, sendo elas:
- Ministério de Interior
- Ministério de Relações Exteriores
- Ministério de Comércio Internacional e Culto
- Ministério da Defesa
- Ministério da Economia
- Ministério de Infraestrutura
- Ministério da Justiça
- Ministério de Segurança
- Ministério da Saúde e Capital Humano
A medida, segundo Milei, é o primeiro passo para cortar gastos públicos, uma das principais bandeiras levantadas durante seu discurso de posse: “Não existe solução sem atacar o déficit fiscal. A solução implica um ajuste no setor público, que cairá sobre o Estado, e não sobre o setor privado.”
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O presidente argentino reconheceu que, no curto prazo, a situação econômica pode piorar até que as primeiras medidas surtam efeito: “Lamentavelmente tenho que dizer, ‘no hay plata’.” Milei destacou a necessidade de enfrentar o déficit fiscal e afirmou que isso impactará negativamente a atividade, o emprego, a quantidade de pobres e indigentes, prevendo um cenário de estagflação.
Durante seu discurso nas escadarias do Congresso, Milei quebrou o protocolo ao falar diretamente para seus eleitores. Mais tarde, na Casa Rosada, ele enfatizou que sua eleição representa “o fim da noite populista e o renascer da Argentina próspera e liberal”. Entre as autoridades presentes, estavam o ex-presidente Jair Bolsonaro e o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, enquanto o presidente Lula enviou seu chanceler, Mauro Vieira, como representante do Brasil.
Milei também abordou a questão da inflação, responsabilizando os governos peronistas pela elevação acima de 140% ao ano. Ele destacou a vontade de mudança expressa pelos argentinos e declarou o início de uma “nova era na Argentina, de paz e prosperidade”.
