Os metroviários de São Paulo optaram por suspender a greve agendada para esta terça-feira (15), assegurando que todas as linhas do metrô operarão normalmente. A decisão pela suspensão recebeu apoio significativo da categoria, com uma ampla maioria de 78,8%.
A mobilização dos metroviários é uma resposta ao processo de privatização e terceirização que está em curso no sistema metroferroviário, conduzido pelo governo de Tarcísio de Freitas, membro do partido Republicano. O foco do protesto é a revogação de um edital que busca terceirizar o serviço de manutenção da Linha 15 (Prata), com a licitação agendada para o dia 28 de agosto.
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O Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo (TRT-SP) havia emitido uma liminar que previa a obrigatoriedade de operar 70% da frota nos horários de pico (das 6h às 9h e das 16h às 19h) e 30% nos demais horários, caso a greve ocorresse nesta terça-feira (15). O descumprimento da liminar estava sujeito a uma multa diária de R$ 100 mil.
Camila Lisboa, presidente do Sindicato dos Metroviários, critica o projeto de privatização em andamento no estado de São Paulo, afirmando que resultará na degradação do serviço para a população. “O governo Tarcísio, desde sua eleição, tem reafirmado sua intenção de privatizar todo o sistema metroferroviário do estado de São Paulo. Somos contrários a essa iniciativa, pois ela implica em uma queda na qualidade do serviço e um aumento nas tarifas”, avalia Lisboa.