A petição virtual que exige o impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, ultrapassou a marca de 900 mil assinaturas. Criada em 16 de agosto, a iniciativa ganhou força nas redes sociais, especialmente entre congressistas alinhados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O objetivo do abaixo-assinado é alcançar 1 milhão de apoiadores.
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O documento, hospedado na plataforma Change.org, foi criado após a publicação de uma reportagem pela Folha de S.Paulo. A matéria sugeria que Moraes teria utilizado o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de forma informal para fundamentar investigações contra apoiadores de Bolsonaro no STF. Desde então, a petição acusa o ministro de abuso de poder, incluindo a produção de provas ilegais e decisões motivadas por vingança, o que, segundo os signatários, violaria a Constituição Federal.
Até a manhã de 20 de agosto, a petição já contava com 900.499 assinaturas, sendo 115.577 delas realizadas apenas hoje. O documento, direcionado ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), argumenta que as ações de Moraes são inconstitucionais e justificam seu impeachment com base na Lei 1.079/1950, que define os crimes de responsabilidade.
O processo de impeachment de um ministro do STF é semelhante ao de um presidente da República, mas com a diferença de que é o líder do Senado quem deve aceitar o pedido, no caso, o senador Rodrigo Pacheco. Se levado adiante, seria a primeira vez na história que um magistrado da Suprema Corte enfrentaria tal processo.
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