O GPA, proprietário dos supermercados Pão de Açúcar, recebeu e recusou uma oferta de compra não solicitada por sua participação de 96,5% no grupo colombiano Éxito em menos de 24 horas.
O empresário Jaime Gilinski, considerado o terceiro mais rico da Colômbia, apresentou a oferta no valor de US$ 836 milhões (R$ 4,1 bilhões). A rejeição ocorreu de forma unânime, baseada na falta de razoabilidade financeira e no melhor interesse do GPA e de seus acionistas.
No entanto, as negociações podem avançar se uma nova oferta for apresentada, considerando que o controlador do GPA, o grupo francês Casino, está disposto a vender o Éxito.
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Embora a oferta tenha animado os investidores do GPA, o mercado colombiano não reagiu tão positivamente, com o valor da oferta representando um desconto de 36% em relação ao valor de mercado do Éxito.
A proposta foi apresentada após o Casino manifestar interesse em vender sua participação de 40,1% no GPA e sua participação de 96,5% no Éxito, como parte de um plano de reorganização e desalavancagem dos negócios. A aceitação da oferta resolveria o problema do endividamento pesado do GPA, transformando sua dívida líquida em um caixa líquido significativo.
Enquanto isso, a transação de segregação dos negócios do Éxito do GPA continua avançando, independente de ofertas adicionais. A possível entrada de novos recursos no caixa da varejista brasileira desperta o interesse de investidores, que também especulam sobre a possibilidade de um acordo com o grupo chileno Cencosud.
Jaime Gilinski, um empresário com diversos negócios nos setores imobiliário, de alimentos, financeiro e de energia, ganhou destaque ao adquirir uma participação no maior conglomerado alimentar colombiano, a Nutresa, em 2022.
