O diretor-executivo da Gol Linhas Aéreas, Celso Ferrer, anunciou que o pedido de recuperação judicial apresentado à Justiça dos Estados Unidos nesta quinta-feira (25) não terá efeitos adversos nos voos, clientes e funcionários da empresa.
Durante uma coletiva de imprensa realizada na tarde de quinta-feira, Ferrer reforçou a estratégia adotada, destacando que o processo não se trata exatamente de uma recuperação judicial, mas sim do chamado chapter 11. Ele ressaltou que esse recurso legal é utilizado por empresas de diversos setores, incluindo o aéreo, para continuar operando comercialmente enquanto negociam medidas para obtenção de capital e reorganização financeira.
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Ferrer explicou que o chapter 11 visa proteger a Gol de ações que possam ser tomadas por arrendadores de aeronaves, com quem a empresa vinha negociando. Os lessores, que representam aproximadamente metade da dívida de R$ 20 bilhões da Gol até o terceiro trimestre de 2023, são credores envolvidos no processo.
A dívida, conforme o diretor-executivo, é resultado principalmente da crise econômica gerada pela pandemia da covid-19 e por atrasos nas entregas de aeronaves. Em meio a esse cenário, a Gol está em negociações para um financiamento de cerca de US$ 950 milhões.
Ferrer assegurou que o chapter 11 proporcionará o tempo e as condições necessárias para negociar com os credores, destacando a transparência do processo protegido pela Corte norte-americana. Evitando falar em prazos para a conclusão das negociações, ele ressaltou que o objetivo é otimizar a frota da Gol para sustentar o crescimento sustentável da empresa. O diretor-executivo também garantiu que não há previsão de redução de pessoal, rotas, número de bases ou destinos operados pela companhia.