Os servidores da CPTM, Metrô e Sabesp, que entraram em greve na capital paulista nesta terça-feira (3) em protesto contra as propostas de privatização dessas empresas, decidiram encerrar o movimento às 23h59 do mesmo dia após uma assembleia que se encerrou por volta das 21h.
O movimento grevista foi desencadeado em oposição às promessas de campanha do governador Tarcísio de Freitas de conceder linhas do Metrô e da CPTM à iniciativa privada e privatizar a Sabesp, embora esses processos ainda estejam em fase de estudo.
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Tanto o governador quanto o prefeito Ricardo Nunes decretaram ponto facultativo na terça-feira, e o rodízio de veículos foi suspenso em virtude da paralisação.
As linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha, 15-Prata, 10-Turquesa, 12-Safira e 13-Jade ficaram completamente paralisadas durante a greve. Por outro lado, as linhas 4-Amarela, 5-Lilás e 8-Diamante, operadas pela iniciativa privada, funcionaram normalmente.
Houve paralisação parcial nas linhas 7-Rubi (de Caieiras a Luz) e 11-Coral (de Guaianases a Luz) da CPTM, assim como na linha 9-Esmeralda da ViaMobilidade, que enfrentou problemas operacionais às 14h e, até o momento desta reportagem, não havia retomado a circulação normal.
Os grevistas apresentaram demandas específicas: os ferroviários da CPTM buscavam o cancelamento do edital de concessão da Linha 7-Rubi e o fim das transferências de trabalhadores da CPTM para as linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda, já concedidas e operadas pela ViaMobilidade. Os metroviários pediam a realização de um plebiscito oficial sobre os projetos de privatização do Metrô, enquanto os trabalhadores da Sabesp exigiam a suspensão dos estudos para a privatização da empresa.
O governador Tarcísio de Freitas classificou a greve como “política, ilegal e abusiva” e alegou que a paralisação não respeitava nem as decisões judiciais. Ele afirmou que a greve tinha motivações políticas e ideológicas e lamentou o impacto negativo na vida dos cidadãos que desejavam trabalhar.