Ana Caroline Feitosa, de 24 anos, é uma das 1.041 médicas que passam por um módulo de acolhimento e formação para integrar o programa Mais Médicos no Brasil. Graduada em medicina no Paraguai, Ana Caroline viu sua trajetória profissional mudar após se identificar com a área de saúde durante sua estadia no país vizinho. Agora, com seu diploma em mãos, ela se prepara para atuar em regiões carentes do Brasil, levando assistência médica a quem mais precisa.
Nascida em São Luís e criada em Barreirinhas (MA), Ana Caroline percebeu as dificuldades no acesso ao atendimento médico e decidiu se tornar médica para contribuir com sua comunidade. “Sou do Nordeste e lá a gente vê a comunidade, vê que ela precisa de um cuidado, de um olhar mais amplo. A gente precisa ver o paciente, o que ele precisa. Lá, faltava não só médico, mas equipe. Temos bastante postos de saúde, mas há carência de profissionais. Falta médico, enfermeira. Temos um agente de saúde, mas sobrecarregado, com muitas famílias”, compartilha.
Ana Caroline é apenas um exemplo entre os profissionais que passam pelo módulo de acolhimento e formação do Mais Médicos, sendo 98% deles brasileiros formados em medicina no exterior. Ela e seus colegas passarão por cerca de duas semanas de treinamento antes de serem enviados para 379 municípios brasileiros, com mais da metade atuando na região da Amazônia Legal, onde a carência de profissionais de saúde é historicamente acentuada.
O programa Mais Médicos está sendo retomado após ter sido desmontado no governo anterior.
Os profissionais selecionados no novo edital têm habilitação para exercício da medicina no exterior e passam por um curso focado na legislação do Sistema Único de Saúde (SUS), funcionamento da rede de saúde, protocolos clínicos e ética médica. Após a conclusão deste treinamento, eles fortalecerão o atendimento à população em regiões de maior vulnerabilidade no país.
