Fátima Bernardes, renomada jornalista e apresentadora, fez uma declaração contundente durante sua participação no evento Despertar Empreendedor 2024, em São Paulo. Diante de uma plateia de mais de 4 mil pessoas, Bernardes abordou o polêmico PL 1904, que propõe equiparar o aborto ao crime de homicídio após 22 semanas de gestação, mesmo em casos de estupro.
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Em sua intervenção, Fátima Bernardes criticou veementemente a proposta legislativa, questionando a necessidade de alterar uma lei que protege mulheres vítimas de estupro há tanto tempo. “Não estamos discutindo a legalização do aborto no Brasil neste momento, mas sim por que modificar uma lei tão crucial para proteger as vítimas de estupro? Muitas vezes não conseguimos identificar o estuprador, e quando conseguimos, é alguém muito próximo, o que torna difícil denunciar”, ponderou.
A jornalista destacou a disparidade nas penas propostas pelo projeto de lei, contrastando com as punições por estupro. “Enquanto um estuprador pode receber uma pena de 8 a 10 anos, uma mulher que abortar após a 22ª semana poderia enfrentar até 20 anos de prisão por homicídio. Isso é injusto e desproporcional”, enfatizou Fátima Bernardes.
Além de abordar questões legislativas, Bernardes também respondeu às críticas que frequentemente recebe, especialmente de outras mulheres. “É notável como as mulheres são frequentemente criticadas por diversos aspectos de suas vidas. Eu prefiro ter um olhar empático para essas críticas, pois muitas vezes refletem inseguranças e necessidades de expressão”, refletiu durante sua participação.
No palco, a comunicadora ressaltou a importância da flexibilidade de pensamento, tanto na vida pessoal quanto no empreendedorismo. “Aprendemos e evoluímos ao longo da vida. No mundo dos negócios, essa capacidade de mudança é essencial para se adaptar às novas circunstâncias e demandas”, compartilhou.
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