As eleições presidenciais dos Estados Unidos estão previstas para novembro de 2024, mas a competição eleitoral já está acalorada. Democratas e Republicanos estão em busca de definir os candidatos de seus respectivos partidos para a disputa final.
A etapa inicial do pleito é conhecida como primárias, na qual são revelados os postulantes de cada partido ao cargo de presidente. Contudo, mesmo com alguns candidatos na corrida, as expectativas indicam que Joe Biden e Donald Trump deverão protagonizar outra disputa no final do próximo ano.
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Do lado Republicano, o ex-presidente Trump surge como o nome principal, liderando as intenções de voto com 54%, de acordo com uma pesquisa do New York Times/Siena College divulgada em 31 de julho. O atual governador da Flórida, Ron DeSantis, aparece em segundo lugar, com apenas 17% das intenções de voto. Outros potenciais candidatos, como Mike Pence, Tim Scott e Nikki Haley, obtiveram apenas 3% de apoio na pesquisa.
A análise de especialistas aponta que Trump provavelmente será o escolhido devido à sua sólida base de apoio no partido Republicano. Além disso, os opositores dentro da legenda não conseguem chegar a um consenso sobre outro nome para disputar a candidatura.
A situação no partido Democrata não é muito diferente, pois o atual presidente Joe Biden é amplamente favorito e poucos candidatos parecem ter chances significativas de enfrentá-lo.
O sobrinho do ex-presidente John F. Kennedy, Robert F. Kennedy Jr., é um dos candidatos com certa porcentagem de votos, mas suas posições antivacina têm gerado polêmica. A escritora e ativista Marianne Williamson, que já concorreu nas primárias democratas em 2020, também se apresenta como uma candidata com um posicionamento mais à esquerda em relação a Biden.
Apesar das possíveis disputas internas nos partidos, a projeção é que, novamente, a eleição seja decidida nos detalhes. Um levantamento do The New York Times divulgado em 1º de agosto mostrou um empate entre Biden e Trump, cada um com 43% das intenções de voto. Além disso, 14% dos entrevistados indicaram que podem votar em um candidato de “terceira via”.
Dada a polarização política nos Estados Unidos, especialistas preveem uma corrida eleitoral acirrada. Biden pode contar com o apoio do diálogo de seu partido com minorias, enquanto Trump deve continuar com a confiança da extrema direita, além de explorar um possível déficit econômico apresentado pela atual gestão.
O “efeito teflon” de Trump, que parece não ser afetado por indiciamentos judiciais, pode fortalecer sua imagem entre o eleitorado que o apoia, enquanto o bem-estar econômico será um fator decisivo para os eleitores na hora de escolherem seu candidato.
As eleições de 2024 prometem ser uma disputa acirrada e as questões políticas e econômicas serão determinantes para definir o próximo presidente dos Estados Unidos.