Moradores de um prédio na zona oeste de São Paulo retenharam uma equipe da Enel por 4 horas na segunda-feira (6) para conseguir que a luz fosse religada. O prédio estava sem energia há quatro dias.
Segundo relatos, uma equipe da Enel chegou ao prédio por volta de 18h para resolver o problema de um dos imóveis que estava fechado. No entanto, os funcionários disseram que não poderiam solucionar o problema coletivo e que era necessário esperar uma outra equipe mais especializada.
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Inconformados, os moradores fecharam a rua e impediram que o caminhão da Enel fosse embora. A polícia foi chamada e iniciou uma negociação.
Após cerca de 3 ou 4 horas, a polícia conseguiu intermediar um acordo. A Enel comprometeu-se a enviar outra equipe ao prédio imediatamente.
O caminhão da Enel foi liberado às 20h. Outra equipe da empresa chegou por volta de 22h e, em vinte minutos, religou a energia do edifício.
A retomada da luz foi comemorada pelos moradores, que ainda estavam com a polícia na porta e a avenida interditada.
“Claramente era um problema relativamente simples, que poderia ter sido resolvido antes e não deixado quase cem famílias às escuras”, disse um dos moradores, que preferiu não se identificar. “Faltou senso de prioridade, organização e respeito da Enel”, completou.
CACHORRO MORRE
A falta de energia elétrica que atingiu São Paulo na última semana causou danos a diversos moradores, incluindo Clóvis e sua esposa. O casal perdeu sua cadela, de 12 anos, que já estava debilitada.
A cadela, chamada de Luna, adoeceu e os donos estavam tentando descobrir a causa do problema. Com a falta de energia, o contato com a veterinária que acompanhava o animal ficou prejudicado.
“A situação piorou e tivemos que sacrificar a Luna. Fizemos isso aqui em casa, pois não tínhamos como levar o animal até a clínica”, contou Clóvis.
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A veterinária de Luna geralmente atendia na casa do casal. No entanto, com a falta de energia, ela não pôde comparecer.
“Além disso, eu não tenho carro e nem todo aplicativo de transporte aceita animais. Luna estava com edema pulmonar e inchaço abdominal. Se ficasse nervosa, poderia morrer”, disse Clóvis.
O casal cuidou da cadela em casa e a medicaram. No entanto, a situação piorou e eles tiveram que optar pela eutanásia.
“Foi uma decisão difícil, mas foi o melhor para Luna. Ela já não estava oxigenando mais e poderia morrer a qualquer momento”, lamentou Clóvis.
A história de Clóvis é um exemplo dos danos que a falta de energia pode causar. Além de transtornos para a população, a interrupção do fornecimento de energia pode levar à morte de animais de estimação.
