Na sexta-feira à noite, por volta das 29 horas, aproximadamente 50 moto-entregadores causaram danos à entrada de um edifício localizado na zona Oeste de São Paulo, após um conflito envolvendo um morador e um entregador de um aplicativo de entrega.
O residente do Condomínio Villa Borghese Lucy, situado na rua Peixoto Gomide, próximo à Avenida Paulista, estava acompanhado de sua namorada em frente ao prédio onde mora, aguardando a chegada de um motorista de aplicativo para transporte.
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Um entregador que se deslocava de bicicleta pela calçada acionou a buzina para solicitar que o casal se afastasse de seu caminho. O ciclista argumentou que não ficou satisfeito com a reação do morador, que demonstrou desagrado facial, e voltou para iniciar uma discussão, alegando que havia apenas acionado a buzina.
A tensão aumentou, resultando em troca de insultos, e o entregador alegou que, quando se aproximou do morador do edifício, foi atingido por um soco no rosto. Assim que o casal entrou no prédio, o ciclista pegou seu celular e transmitiu ao vivo, convocando outros motoboys a se reunirem em frente ao edifício.
Segundo o porteiro do condomínio, que preferiu não ser identificado, em questão de minutos, cerca de 50 motociclistas chegaram e começaram a vandalizar a entrada do edifício, desferindo chutes no portão e no gradil de vidro.
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O funcionário do edifício descreveu que ficou apreensivo, temendo uma possível invasão. Após causarem danos aos vidros da entrada, o grupo de entregadores partiu do local.
A Polícia Militar foi chamada, mas chegou depois que os motoboys já haviam deixado o local. O morador envolvido, que optou por não se identificar, saiu do prédio imediatamente após o incidente e não retornou, devido ao receio de represálias.
Dano ao patrimônio
O Centro de Operações da PM (Copom) foi notificado sobre o incidente como um caso de “dano ao patrimônio”. O assunto foi encaminhado para o 4º Distrito Policial da Consolação. A CNN entrou em contato com a delegacia, mas eles informaram não ter detalhes específicos da ocorrência, pois foi registrada em outro turno.
A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo também foi acionada, mas ainda não forneceu informações sobre o caso. No sábado (30), uma empresa de reparos estava substituindo o portão e os vidros que foram vandalizados.