O Brasil se posiciona como um dos sete principais consumidores globais de energia, conforme apontado pelo Banco Mundial. No entanto, a nação enfrenta um preocupante desperdício energético estimado em 43 terawatt-hora (TWh) anualmente. Essa quantidade é equivalente ao abastecimento de 20 milhões de residências e uma parte substancial desse excesso está associada ao setor empresarial.
Com o propósito de mitigar essa problemática, a Lead Energy, especialista em soluções energéticas, lançou um inovador recurso destinado às empresas.
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Usando unicamente o boleto da fatura de energia, corporações podem fazer upload do documento na plataforma da Lead Energy e substituir o fornecedor convencional por uma opção alternativa.
Além disso, os clientes têm a possibilidade de visualizar os custos que poderiam ser eliminados, incluindo taxas desnecessárias. Essencialmente, eles estão “reservando energia” diretamente do fornecedor, o que pode resultar em economias de até 35% ao aceitar a sugestão da Lead Energy e realizar a mudança.
Raphael Ruffato, CEO da Lead Energy, detalha: “O sistema possibilita inserir a conta de energia e, em questão de segundos, oferece uma análise indicando oportunidades de economia através de estratégias sustentáveis e muitas vezes sem despesas iniciais.”
Essa solução é especialmente direcionada a empresas sediadas em São Paulo com despesas mensais de energia elétrica superiores a R$5.000,00. Raphael enfatiza que, em muitos casos, a redução de custos pode ser alcançada por meio de ajustes contratuais, evitando a necessidade de investimentos em equipamentos.
Caminho para Crescimento Os planos da Lead Energy incluem a expansão de seus serviços para o mercado residencial assim que as complexas discussões sobre o mercado livre de energia progredirem no Brasil.
Investimento milionário
Com um investimento de R$ 2,4 milhões da comercializadora e gestora Ecom, a empresa aguarda ansiosamente uma resolução sobre a abertura total do mercado. Esse debate está em curso desde 1999, quando ocorreu a primeira adesão ao Ambiente de Comercialização Livre (ACL).
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Até o momento, apenas grandes empresas com faturas mensais acima de R$ 50 mil em alta tensão têm acesso a esse mercado, que oferece a flexibilidade de escolher fornecedor, contrato, prazo e tipo de energia. Aproximadamente 11,5 mil empresas participam desse mercado, movimentando cerca de R$ 160 bilhões anualmente. Ao longo de duas décadas, essa abordagem resultou em uma economia de R$ 339 bilhões em gastos, com R$ 41 bilhões somente em 2022.
Em maio passado, enquanto o custo da energia no mercado regulado foi de R$ 284 por MWh, os participantes do mercado livre pagaram 69% menos, totalizando R$ 89 por MWh. Embora esse grupo represente cerca de 40% do mercado, ele compreende apenas 0,04% dos consumidores totais.