O derretimento acelerado das geleiras nos Alpes, impulsionado pelas altas temperaturas do verão europeu e pela crise climática, trouxe à tona um achado histórico: os corpos de dois soldados italianos da Primeira Guerra Mundial. Os restos mortais foram descobertos no maciço da Marmolada, na província de Trento, norte da Itália, a 2,7 mil metros de altitude. A descoberta foi feita por um montanhista no dia 16 de agosto, que imediatamente notificou as autoridades.
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Esses soldados estiveram soterrados por mais de 100 anos na chamada “Rainha das Dolomitas”, um dos cenários da “guerra branca” — um conflito brutal travado em grandes altitudes entre as tropas italianas e austro-húngaras entre 1915 e 1918. As autoridades acreditam que os homens foram vítimas de uma emboscada da artilharia inimiga, durante uma das inúmeras batalhas que ocorreram na região.
“Esta é uma área extremamente difícil de acessar, só podendo ser alcançada com machados de gelo e grampos para caminhadas, devido à sua natureza inóspita”, explicou Riccardo Manfredi, comandante do socorro alpino, à agência ANSA. Segundo ele, a remoção dos corpos foi realizada com o auxílio de um helicóptero.
A polícia de Trento acredita que os corpos sejam de soldados da Brigada de Infantaria de Como, na Lombardia, baseando-se em informações preliminares e evidências encontradas no local.
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