Na última quarta-feira (13), a Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei que tem potencial para impactar diretamente o mercado de combustíveis no Brasil. De autoria de Arnaldo Jardim (Cidadania-SP), o projeto propõe um aumento significativo no teor de etanol misturado à gasolina, levantando questões importantes sobre a eficácia e os possíveis desafios dessa mudança.
Com a proposta, o percentual de etanol adicionado à gasolina passaria de 22% para 27%, podendo chegar até 35%. Denominado como “combustíveis do futuro”, o projeto também visa aumentar a presença de biodiesel no diesel, crescendo de 14% para 15% até 2025 e alcançando 20% até 2030, com perspectiva de atingir 25% até 2031, mediante estudos do Conselho Nacional de Política Energética.
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O autor do projeto enfatiza que essa medida está alinhada ao Programa Mobilidade Verde e Inovação (Mover), que busca impulsionar a produção de veículos mais sustentáveis, com foco em motorizações híbridas e elétricas.
Embora o aumento do teor de etanol na gasolina seja visto como uma medida ambientalmente positiva, levanta preocupações sobre os possíveis impactos nos veículos, especialmente nos mais antigos. Esses carros podem enfrentar problemas de desempenho e consumo, já que não foram projetados para operar com uma mistura de etanol tão elevada.
Para os proprietários de veículos flex, que têm a capacidade de rodar tanto com etanol quanto com gasolina, é importante notar que o consumo ao abastecer com gasolina provavelmente será maior.
Diante dessas mudanças, os motoristas podem considerar alternativas, como o uso de gasolinas premium, embora essas opções geralmente tenham um custo mais elevado em comparação com a gasolina comum.
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