O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro condenou a deputada estadual Lucia Helena Pinto de Barros, conhecida como Lucinha (PSD-RJ), a quatro anos e cinco meses de prisão em regime semiaberto por desvio de dinheiro público. A decisão também resultou na perda de mandato da parlamentar e na ordem de devolução de aproximadamente R$ 174 mil, acrescidos de juros. Ainda cabe recurso contra a decisão.
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Lucinha foi acusada de usar verba pública para pagar um pedreiro, que havia sido nomeado como assessor parlamentar, mas que prestava serviços particulares nos centros comunitários mantidos pela deputada na zona oeste do Rio de Janeiro. As investigações começaram quando o pedreiro Baltazar Menezes dos Santos entrou com uma ação trabalhista contra a deputada. Descobriu-se que, entre 2011 e 2015, a Alerj pagou R$ 174 mil em salários ao pedreiro.
Suposta Participação em Milícia
Em junho, Lucinha e sua ex-assessora Ariane Afonso Lima foram denunciadas pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) por envolvimento na milícia de Luis Antonio da Silva Braga, conhecido como Zinho, uma das maiores do Rio de Janeiro. As investigações apontam que Lucinha e Ariane defendiam os interesses dos criminosos junto ao Poder Público, fornecendo informações privilegiadas e interferindo nas investigações do grupo miliciano.
A denúncia relata: “Em múltiplos episódios, constata-se a clara interferência das denunciadas na esfera política, junto a autoridades policiais e políticas, ora para favorecer os interesses da organização criminosa, ora para blindá-la das iniciativas estatais de combate ao grupo e ora para livrá-los de ações policiais, garantindo a impunidade dos seus integrantes.”
A dupla pode responder por constituição de milícia privada, cuja pena varia de 5 a 10 anos de prisão e multa, além da perda de função pública.
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