Depois de duas décadas de afastamento, o ex-jogador Denilson anunciou na sexta-feira, dia 11, que ele e o cantor Belo fizeram as pazes em relação a uma dívida milionária que pesava sobre o cantor.
“O cantor Belo e eu conversamos e, de forma amigável, chegamos a um acordo. É de suma importância ressaltar a todos que nossas divergências nunca foram pessoais, ao contrário, elas eram – e portanto não são mais – no campo jurídico. Como homens, adultos e profissionais que somos, era importante colocar fim a esse imbróglio que nos afastava há mais de 20 anos. Hoje, com alegria, damos por encerrado esse assunto. Muito obrigado a todos os envolvidos. Agora é olhar pra frente. Acabou!”, afirmou Denilson em suas redes sociais.
Leia também: ‘Não estou quebrado’, diz Cafu após mansão de R$ 27 milhões ir a leilão
O ex-jogador compartilhou a postagem feita pelo atual comentarista da Band. Entretanto, os valores envolvidos na resolução do conflito judicial não foram divulgados por nenhuma das partes.
Ver essa foto no Instagram
Entenda o caso
A controvérsia entre Denilson e Belo teve início em 1999, quando Denilson adquiriu parte dos direitos do Soweto, que era o principal grupo de pagode naquela época e que foi responsável por lançar Belo ao estrelato no Brasil. Na parceria, o ex-jogador assumiu o compromisso de financiar as despesas da banda e, em troca, receberia uma porcentagem dos lucros gerados pelos shows e pelas receitas de direitos autorais. Segundo relatos, Denilson investiu cerca de R$ 1 milhão para integrar o grupo, que tinha hits memoráveis como “Farol das Estrelas” e “Derê”.
A situação tomou um rumo inesperado em 2000, quando Belo decidiu deixar o Soweto e seguir carreira solo. Com a saída do líder, o grupo enfrentou uma queda na demanda por seus shows, o que resultou em cancelamentos e outros contratempos com apresentações já agendadas. Nesse mesmo ano, Denilson recorreu à Justiça, alegando que o cantor deveria pagar uma indenização pela saída, baseada em uma multa supostamente prevista no contrato.
Em 2004, Denilson obteve vitória no processo judicial, e Belo foi condenado a indenizá-lo. O juiz determinou que o cantor havia rompido o contrato de maneira unilateral. Na época, o veredicto resultou em um pagamento de R$ 388 mil.
Mesmo após a sentença, a equipe jurídica de Denilson lutou durante 19 anos para que a ordem judicial fosse executada. Durante esse período, não foram encontrados bens em nome do cantor, o que dificultou ainda mais a quitação da dívida. A alternativa encontrada foi confiscar cachês e royalties de direitos autorais, mas esses recursos não foram suficientes para cobrir o montante, que agora ultrapassa os R$ 7 milhões, considerando juros e correções monetárias.