Uma terrível tragédia abalou a Vila Maria, zona norte de São Paulo, com a morte de uma criança de dois anos esquecida por seis horas no interior de uma van escolar. O motorista, inadvertidamente, deixou o veículo estacionado pela manhã sem notar a presença da criança. Ao retornar à tarde, encontrou-a em estado crítico devido ao calor e falta de circulação de ar.
O condutor conduziu imediatamente a criança ao Hospital Municipal Vereador José Storopolli, conhecido como “Pronto-Socorro Vermelhinho”. Infelizmente, a criança chegou ao hospital sem vida. O chefe da segurança do estabelecimento acionou a Polícia Militar, e o motorista relatou que esqueceu de desembarcar a criança, deixando-a trancada na van.
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O motorista e a auxiliar foram detidos em flagrante por homicídio pela Polícia Civil, que agora investigará minuciosamente as circunstâncias dessa trágica ocorrência. Até o momento, não foram divulgados detalhes sobre os familiares da vítima.
A avó da criança, consternada, afirmou que o motorista e a auxiliar tinham o hábito de conferir uma lista para verificar as crianças transportadas.
“Deixou a perua no estacionamento, num calor terrível, como hoje, só foi perceber [que o menino ainda estava atrás] na hora de entregar as crianças. Eles não tiveram culpa, mas foi irresponsabilidade. Minha filha quer Justiça. Quem cuida de criança tem que ter o máximo de responsabilidade”, disse a avó.
Apollo Gabriel era uma criança tímida na escola e amorosa, segundo a avó. Ele tinha mais duas irmãs, de 8 e 6 anos. Uma delas estudou na mesma creche.
Em resposta ao ocorrido, a Prefeitura de São Paulo emitiu uma nota expressando pesar pela situação e oferecendo apoio aos familiares.
“A Diretoria Regional de Educação (DRE) acompanha o caso e o Núcleo de Apoio e Acompanhamento para a Aprendizagem (NAAPA), composto por psicólogos e psicopedagogos, foi acionado para atender a família. Um Boletim de Ocorrência foi registrado e a Diretoria Regional de Educação (DRE) está à disposição das autoridades competentes para auxiliar na investigação.
O condutor do Transporte Escolar Gratuito (TEG) já foi descredenciado e um processo administrativo foi aberto para apurar a conduta do profissional.”
A Diretoria Regional de Educação está colaborando com as autoridades e iniciou um processo administrativo para apurar a conduta do profissional, que foi descredenciado do Transporte Escolar Gratuito (TEG).