De acordo com a agência estatal KCNA, a nova arma vem sendo desenvolvida desde 2012 de forma secreta e testes recentes foram realizados entre os dias 21 e 23 deste mês
No dia 24 de março, o líder da Coreia do Norte, Kim Jong Un, anunciou o desenvolvimento de uma nova arma nuclear altamente secreta, que é capaz de criar um tsunami radioativo. O anúncio foi feito apenas um dia após o término dos exercícios militares entre Washington e Seul na península coreana.
+ Tragédia: Estacionamento de shopping de Osasco desaba; local é amaldiçoado e já teve mortes
De acordo com a agência estatal KCNA, a nova arma vem sendo desenvolvida desde 2012 de forma secreta e testes recentes foram realizados entre os dias 21 e 23 deste mês.
A reportagem da ditadura afirmou que a missão da arma é infiltrar-se em águas operacionais de forma furtiva e criar um tsunami radioativo em super escala, por meio de uma explosão subaquática, com o objetivo de destruir grupos de navios de guerra e os principais portos operacionais do inimigo.
Embora a Coreia do Norte nunca tenha apresentado oficialmente a nova arma, a mídia coreana informou que a mesma já foi testada mais de 50 vezes nos últimos dois anos, sendo que em 29 ocasiões os testes foram gerenciados pessoalmente por Kim Jong Un.
As armas nucleares existem há quase oito décadas e muitos países as veem como uma medida de dissuasão para garantir sua segurança nacional. Essas armas são projetadas para causar o máximo de devastação possível e o alcance da destruição depende de vários fatores, incluindo o tamanho da ogiva, a altura em que é detonada e o entorno do local.
Mesmo a menor ogiva pode causar muitas mortes e consequências duradouras. A bomba que foi lançada sobre Hiroshima, no Japão, durante a Segunda Guerra Mundial, matou 146 mil pessoas e tinha apenas 15 quilotoneladas. As ogivas nucleares de hoje podem ter mais de 1.000 quilotoneladas.
Não se espera que haja muita sobrevivência na zona de impacto imediato de uma explosão nuclear. Depois de um clarão ofuscante, há uma enorme bola de fogo e uma onda de explosão que pode destruir edifícios e estruturas a quilômetros de distância. Além do impacto da explosão, armas nucleares emitem altos níveis de radiação, que também podem ser fatais.
Estima-se que até hoje nenhuma explosão em testes tenha superado a potência da “Bomba-Czar” da União Soviética, que foi lançada em 1961 com um poder equivalente ao de 50 milhões de toneladas de dinamite (50 megatoneladas) – mais de 3 mil vezes mais potente que a bomba lançada sobre Hiroshima.
O desenvolvimento de novas armas nucleares é uma ameaça à segurança internacional e pode gerar um aumento das tensões geopolíticas. O uso dessas armas pode levar a consequências irreparáveis e o mundo deve se esforçar para evitar a proliferação de armas nucleares e trabalhar para a paz e a segurança internacional.