O Brasil alcançou a marca de mais de 1,8 milhão de casos (prováveis e confirmados) de dengue em 2024, conforme dados atualizados nesta segunda-feira (18) pelo Painel de Arboviroses do Ministério da Saúde.
Esse número representa uma taxa sem precedentes, sendo o maior desde que os registros começaram em 2000. No mesmo período do ano anterior, o país contabilizava 400.197 casos, contrastando significativamente com os 1.889.206 casos registrados nas primeiras onze semanas deste ano.
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O aumento expressivo dos casos de dengue levou a Prefeitura de São Paulo a decretar situação de emergência na cidade, seguindo o exemplo de outros estados que já enfrentam essa realidade, como Acre, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Amapá e o Distrito Federal.
Além do incremento no número de casos, a dengue no Brasil apresenta uma variedade de sorotipos do vírus em circulação, sendo o sorotipo 1 o mais predominante, seguido pelo sorotipo 2. Minas Gerais é o único estado até o momento a relatar a presença de todos os sorotipos simultaneamente.
Com a dengue sendo uma doença transmitida principalmente pelo mosquito Aedes aegypti, o combate à proliferação do vetor se torna crucial. A maior parte dos criadouros do mosquito está nos domicílios, tornando essencial o esforço conjunto da sociedade, governo e profissionais de saúde para eliminar esses focos de reprodução.
Medidas simples, como a eliminação de recipientes que acumulam água parada, podem contribuir significativamente para conter a propagação da doença e reduzir o impacto da epidemia.