Na última terça-feira, 22 de agosto, circularam informações de que o presidente Bolsonaro teria comunicado aos membros de seu partido sua falta de apoio à inclusão de Marta Suplicy na chapa, conforme relatado pela CNN.
A possibilidade de Marta Suplicy ser escolhida como companheira de chapa de Ricardo Nunes gerou uma forte reação negativa entre alguns setores da direita.
Muitos parlamentares argumentam que a ex-prefeita de São Paulo já teve filiação com o Partido dos Trabalhadores (PT), defendeu causas relacionadas à comunidade LGBTQIA+ e se tornou conhecida pelo apelido de “Martaxa” devido à criação de taxas sobre lixo e iluminação durante seu mandato municipal.
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De acordo com informações da CNN, o presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, está tentando persuadir Bolsonaro de que Marta poderia ser uma vice atraente para Ricardo Nunes, principalmente devido à sua forte presença nas periferias de São Paulo, onde Nunes tem baixa popularidade. As áreas periféricas da cidade representam o ponto fraco de Ricardo Nunes, enquanto seu principal adversário, Guilherme Boulos (PSOL), é mais forte nessas regiões.
Algumas fontes sugerem que Marta Suplicy tem o potencial de conquistar votos de Boulos, algo que outro possível candidato, o ex-secretário de Comunicação de Bolsonaro, Fábio Wajngarten, não seria capaz de fazer.
É importante observar que o veto de Bolsonaro possivelmente não é uma decisão definitiva em relação à inclusão de Marta na chapa. O PL abriu mão de indicar o candidato principal à prefeitura de São Paulo e, portanto, deseja exercer influência na escolha do candidato a vice.
No entanto, a opinião do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), também deve ser considerada nesse processo de decisão.