Bolsonaro é indiciado pela PF por fraude em cartão de vacina

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A Polícia Federal (PF) indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid (ex-ajudante de ordens da Presidência da República) e o deputado federal Gutemberg Reis (MDB-RJ) por suspeita de envolvimento em fraudes relacionadas a cartões de vacinação.

Bolsonaro foi indiciado pelos crimes de associação criminosa e inserção de dados falsos em sistema de informações. Já Cid enfrenta também o crime de uso indevido de documento falso.

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O advogado de Bolsonaro, Fabio Wajngarten, expressou sua insatisfação com o vazamento do indiciamento do ex-presidente pela imprensa. “Vazamentos continuam aos montes ou melhor aos litros. É lamentável quando a autoridade usa a imprensa para comunicar ato formal que logicamente deveria ter revestimento técnico e procedimental ao invés de midiático e parcial”, declarou ele, por meio do X – antigo Twitter.

Os próximos passos incluem o encaminhamento de todas as conclusões do inquérito pela PF ao Ministério Público Federal (MPF). Como a investigação está no âmbito do Supremo Tribunal Federal (STF), caberá ao procurador-geral da República, Paulo Gonet, decidir se irá ou não denunciar Bolsonaro e Mauro Cid.

Pelo crime de organização criminosa, Bolsonaro poderia enfrentar uma pena de três a oito anos de prisão, mais multa; enquanto o crime de inserção de dados falsos tem uma pena máxima de dois anos de detenção.

De acordo com as investigações da Polícia Federal, o grupo teria falsificado dados nas carteiras de vacinação de Bolsonaro, da filha do ex-presidente, Laura, do ex-ajudante de ordens, tenente-coronel Mauro Cid, e da esposa e três filhas de Cid.

O relatório da Polícia Federal sobre a Operação Venire revela que o cartão de vacinação falso de Bolsonaro foi impresso nas dependências do Palácio do Planalto, pelo tenente-coronel Mauro Cid, que tinha acesso ao Conecte SUS.

Em depoimento à Polícia Federal, Bolsonaro negou a adulteração de seu cartão de vacinação e afirmou que não deu instruções ao tenente-coronel Mauro Cid neste sentido.

Ele destacou que toda gestão pessoal ficava sob responsabilidade de Mauro Cid e que não tinha conhecimento da falsificação em nome da esposa de Cid, nem da inserção de dados em sua própria carteira de vacinação.

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Débora Carvalho
Débora Carvalho

Uma apaixonada por histórias e uma contadora nata. Com base em Belo Horizonte, curso Jornalismo e alimento minha curiosidade incessante por notícias e cultura pop. Se você procura uma abordagem vibrante e envolvente, está no lugar certo!

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