Candidato diz que pretende negociar com o Congresso
Nesta segunda-feira (24), em entrevista ao portal Metrópoles, Jair Bolsonaro, do PL, afirmou que pretende negociar a extinção do tão conhecido “Orçamento Secreto” caso reeleito.
Bolsonaro reclamou da perda de poder com emendas, pois diz que a distribuição de verbas é feita pelo lado do legislativo.
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“Esse tal orçamento, que alguns chamam de secreto, tirou poder de mim. No passado, eu liberava emendas. Agora passou a ser impositivo. E o dono da caneta, dono de R$ 16 bilhões, é o relator. O verdadeiro dono desse orçamento não sou eu, é o parlamento brasileiro. Com um novo parlamento, muito mais para o centro-direita, eu pretendo negociar, o ano que vem, se eu for reeleito, a extinção desse dito orçamento secreto. É um desgaste para todo mundo e quem está pagando a conta sou eu”, disse o presidente.
Questionado sobre como seria tal negociação com o Congresso, para reduzir ou acabar de vez com o orçamento secreto, Bolsonaro respondeu que vai dialogar com as lideranças políticas:
“Vamos negociar com o parlamento até que ponto nós podemos discutir quem vai liberar esse recurso. No momento é uma pessoa, um deputado federal num ano, um senador no outro, que tem mais poder do que eu. O meu orçamento é completamente engessado. Hoje em dia, um deputado federal ou um senador passou a ser o dono da função mais importante do Brasil. Isto não é justo. Se procurar, através da LAI [Lei de Acesso da Informação], vocês vão ver certos nomes enviando R$ 200, R$ 300, R$ 400, R$ 500 milhões para o seu estado. Não sabemos ao certo para onde vai esse recurso. A CGU [Controladoria Geral da União] faz esse acompanhamento”, explicou.
Bolsonaro confessou que a atual sistemática orçamentária retirou poderes do Executivo e que ele vai negociar, ou se não for possível, vetar a destinação de verbas, contando uma composição mais favorável.
