A AstraZeneca, em uma admissão inédita, reconheceu à Justiça a ocorrência de um “efeito colateral raro” em sua vacina contra a Covid-19. Esse reconhecimento veio à tona em uma ação coletiva movida por pessoas que desenvolveram trombose após receberem a vacina na Inglaterra, gerando controvérsias e questionamentos sobre a segurança do imunizante.
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No processo, que envolve 51 famílias em busca de uma indenização de até R$ 700 milhões, a farmacêutica admitiu que sua vacina “pode, em casos muito raros, causar síndrome de trombose com trombocitopenia (TTS)”, uma condição séria que envolve a formação de coágulos sanguíneos.
Com a vacina da AstraZeneca amplamente utilizada no Brasil, a notícia levanta preocupações e gera debates, especialmente no meio político e entre os profissionais de saúde. O Ministério da Saúde destaca a importância da vacinação contra a Covid-19, salientando que a não imunização representa um risco maior.
“A vacina fabricada pela empresa AstraZeneca/Oxford, desenvolvida no início da pandemia, e produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), foi extremamente importante para o controle dos casos e a redução de óbitos por Covid-19 no país e no mundo, salvando milhares de vidas. Desde dezembro de 2022, essa vacina é indicada para pessoas a partir de 40 anos, de acordo com as evidências científicas mais recentes”, diz a pasta.
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“O atual cenário da Covid-19 no país, com redução de casos graves e óbitos pela doença, é resultado da população vacinada. Os eventos adversos, inerentes a qualquer medicamento ou imunizante, são raros e ocorrem, em média, um a cada 100 mil doses aplicadas, apresentando risco significantemente inferior ao de complicações causadas pela infecção da Covid-19”, completou o Ministério da Saúde, em comunicado feito no ano passado.
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