Milhares de pessoas foram às ruas de Buenos Aires em um protesto marcado por um ‘panelaço’ contra o pacote de 30 reformas econômicas anunciado por Javier Milei, o novo presidente argentino. A manifestação, que teve a presença de grupos representando os desempregados, ocorreu nesta quarta-feira, 20.
Javier Milei, acompanhado por colaboradores, incluindo sua irmã, Karina Milei, e o secretário-geral Iñaki Gutiérrez, dirigiu-se à Delegacia Central, onde se encontrou com a ministra da Segurança, Patricia Bullrich, para monitorar a primeira grande manifestação contra seu governo.
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Os manifestantes liderados por grupos que representam os desempregados marcharam em direção à Plaza de Mayo, um local histórico em frente ao palácio presidencial, demandando apoio financeiro para os mais necessitados. Com uma presença policial significativa, os manifestantes foram direcionados para longe das estradas para evitar problemas de tráfego.
Segundo informações do jornal O Globo, uma grande operação das forças de segurança foi montada para conter os manifestantes, algo sem precedentes na Argentina desde a redemocratização em 1983.
Diante dos protestos, o presidente Milei emitiu um decreto para evitar que os ativistas interrompessem as ruas, ameaçando cortar benefícios sociais. O decreto também proibiu manifestantes de protestar com seus filhos, uma medida questionada por juristas locais e que foge da tradição de protestos argentinos. As ameaças aparentemente surtiram efeito, pois poucas crianças foram vistas nas ruas.
Milei, que assumiu o cargo no início de dezembro, tem anunciado planos abrangentes para reformar a economia argentina. Na semana passada, ele anunciou medidas como a desvalorização de 54% do peso, cortes em subsídios e o fechamento de alguns ministérios do governo, alegando que tais ações são necessárias para enfrentar a aguda crise econômica do país.
