Apple ultrapassa o valor de US$ 3 trilhões e deve valer ainda mais até 2025

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Nesta sexta-feira, a Apple alcançou uma marca impressionante ao ultrapassar um valor de mercado de US$ 3 trilhões. Os investidores estão otimistas de que, até 2025, a empresa se manterá como a maior do mundo e atingirá outro marco histórico, alcançando uma valorização de US$ 4 trilhões.

A maior empresa do mundo nasceu na garagem de Steve Jobs, cofundador da Apple, na Califórnia, em 1976. Na época, Jobs e mais dois amigos tinham a missão de transformar o computador – até então um equipamento robusto e complexo – em um produto barato, pequeno e simples, visando a produção em massa. Já nos anos 80, a empresa era uma das marcas mais reconhecidas do mundo.

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Ao longo do caminho, a Apple revolucionou a forma como os consumidores se conectam uns com os outros e como as empresas conduzem o comércio diário.

“Quando começamos, achávamos que seria uma empresa de sucesso que duraria para sempre. Mas realmente não conseguimos imaginar isso. Naquela época, a quantidade de memória necessária para armazenar uma música custava US$ 1 milhão”, compartilhou Steve Wozniak, o engenheiro que fundou a Apple juntamente com Steve Jobs, em uma entrevista ao The New York Times.

Enquanto atinge um valor de mercado de US$ 3 trilhões hoje, a Apple enfrentou desafios que quase a levaram ao fechamento.

Em 1985, Steve Jobs foi destituído pela própria diretoria da Apple. Nos anos seguintes, a empresa lutou para acompanhar o mercado que ajudou a pioneirar. Paralisada pela falta de inovação, produtos fracassados e turbulências na liderança, a Apple perdeu seu rumo.

A Apple viveu seu período mais difícil em 1997, quando enfrentou uma competição acirrada de sua maior rival, a Microsoft, e de seus inúmeros parceiros. De acordo com Steve Jobs, a empresa havia acabado de demitir um terço de sua força de trabalho e estava a 90 dias da falência.

Revitalização

Transformar-se de uma marca à beira da falência para a empresa mais valiosa do mundo exigiu um esforço significativo, marcado por uma inovação rápida, uma série de produtos de enorme sucesso e o estabelecimento de uma sofisticada cadeia de suprimentos global que garante uma produção massiva a baixos custos.

“Alguém poderia ter previsto isso naquela época?”, questionou Avie Tevanian, ex-diretor de software da Apple, que ingressou na empresa em 1997. “Esperávamos criar sucesso e valor para a empresa, mas pensar que chegaríamos onde estamos hoje? Certamente não. E nem Steve Jobs teria imaginado isso.”

Jobs voltou a fazer parte da empresa que fundou quando a Apple decidiu adquirir a Next, uma empresa de tecnologia liderada pelo próprio Jobs, por US$ 400 milhões.

A simplicidade se tornou a marca registrada da Apple, desde a maneira como Steve Jobs se vestia – usando jeans e blusas de gola alta como uma espécie de uniforme – até a funcionalidade intuitiva de seus produtos. As lojas da empresa seguiram o mesmo padrão.

Ponto de virada

A revitalização foi confirmada com o lançamento do iPod, o tocador de música portátil que instantaneamente mudou a relação dos consumidores com a música. Lançado em 2001, o produto vendeu mais de 400 milhões de unidades, transformando a imagem da Apple de uma simples empresa de computadores.

“O iPod foi um passo significativo”, compartilhou Ken Kocienda, engenheiro de software da Apple. “Mas o iPhone foi a resposta definitiva para a pergunta: qual é o futuro dos computadores pessoais?”

O iPhone revolucionou a forma como a sociedade interage com a tecnologia e rapidamente se tornou um dos produtos mais vendidos da história. Nenhum outro produto ou decisão teve um impacto tão profundo no crescimento do valor da Apple quanto o smartphone.

Consumidores fiéis

A Apple conquistou os consumidores, transformando-os em clientes fiéis. Apesar de o iPhone ser o queridinho do público, a empresa oferece mais do que apenas smartphones. Ela também fornece laptops, TVs e os renomados AirPods.

Quando a Apple lançou seu primeiro modelo de iPhone em 2007, seu valor de mercado era de US$ 73,4 bilhões. Em 2018, tornou-se a primeira empresa a superar a marca de US$ 1 trilhão. Dois anos depois, em 2020, atingiu US$ 2 trilhões.

Esta não é a primeira vez que a Apple atinge a marca de US$ 3 trilhões. Em janeiro, a empresa alcançou brevemente essa avaliação, mas não conseguiu mantê-la até o fechamento do mercado.

No ano, as ações da Apple aumentaram 47% na Nasdaq, a bolsa de valores americana de tecnologia, resultando em um aumento de US$ 940 bilhões na capitalização de mercado em apenas seis meses. Em maio, a empresa já se aproximava dos US$ 3 trilhões, graças à alta nas ações.

Ao contrário do início deste ano, os especialistas estão otimistas devido ao recente movimento de alta das ações da Apple.

Para se ter uma ideia, com esse novo valor, a Apple vale mais do que Walmart, Disney, Netflix, Nike, Exxon Mobil, Coca-Cola, Comcast, Morgan Stanley, McDonald’s, AT&T, Goldman Sachs, Boeing, IBM e Ford juntas, de acordo com o The New York Times.

Daniel Vicente
Daniel Vicente

Sou um entusiasta da informação, natural de Brasília. Atualmente, mergulho nos estudos de Ciências Políticas. Aqui, você encontrará análises aprofundadas sobre política, economia e assuntos globais. Vamos explorar juntos o vasto universo do conhecimento!

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