A onda de demissões que assola as empresas americanas desde o final de 2022 parece estar longe de chegar ao fim.
Dessa vez, a Amazon anunciou que pretende eliminar mais 9 mil vagas, além das 18 mil que já havia cortado no início do ano.
O anúncio foi feito por meio de um e-mail enviado aos funcionários em março pelo CEO Andy Jassy.
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Andy Jassy justificou o timing da notícia, dizendo que nem todos os times haviam terminado suas análises na época em que foram anunciados os primeiros cortes. A empresa optou por anunciar as decisões à medida que eram tomadas, para que as pessoas tivessem as informações o mais rápido possível.
A Amazon não é a única grande corporação americana a reduzir o quadro de funcionários em 2023. Empresas de tecnologia, como a Meta e o Google, e gigantes financeiros, como o Goldman Sachs, também anunciaram demissões nas primeiras semanas do ano, em meio à crise econômica e à queda nas vendas do mercado americano.
Maiores demissões de 2023, até agora:
1. Amazon: 27.000 funcionários
2. Google: 12.000 funcionários
3. Meta: 10.000 funcionários
4. Microsoft: 10.000 funcionários
5. Goldman Sachs: 3.200 funcionários
6. Coinbase: 25% dos funcionários
7. Zoom: 15% dos funcionários
8.…— Leo Nonato | Trading (@leononatotrader) April 7, 2023
O setor de tecnologia foi um dos mais afetados pelos cortes, demitindo com uma velocidade muito maior do que durante a pandemia, segundo o Wall Street Journal. De acordo com dados do site Layoffs.fyi, que monitora cortes em empresas desde o início da crise sanitária, as companhias de tecnologia demitiram mais de 150 mil pessoas apenas em 2022. Em 2021, o número havia sido de 15 mil e, em 2020, de 80 mil.
Os números são alarmantes e mostram que a crise econômica causada pela pandemia ainda está afetando as empresas e os trabalhadores. A incerteza sobre o futuro pode levar a mais cortes de empregos e afetar ainda mais a economia.