A Justiça do Rio de Janeiro indeferiu o pedido de habeas corpus apresentado pela defesa de Yuri de Moura Alexandre, o agressor de Victor Meyniel.
O estudante de medicina continua sob custódia após ter sido detido em flagrante por espancar o ator no último sábado, 2 de setembro, em um edifício localizado na Zona Sul de Copacabana.
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A alegação da defesa de Yuri era de que seu cliente estava sofrendo constrangimento ilegal, no entanto, a desembargadora Denise Vaccari Machado Paes discordou dos argumentos apresentados. A decisão foi proferida antes do indiciamento de Yuri pela Polícia Civil do Rio de Janeiro por lesão corporal e injúria com motivação homofóbica, ocorrido na sexta-feira, 8 de setembro.
Os advogados de Victor Meyniel, Maíra Fernandes, Guilherme Furniel e Ricardo Brajterman, expressaram seu apoio ao indiciamento do agressor, bem como do porteiro do edifício. Eles agora aguardam que o Ministério Público siga o mesmo caminho e apresente acusações formais. Os advogados elogiaram o trabalho das autoridades policiais na investigação, que contou com o apoio de evidências em vídeo e um laudo pericial.
![Porteiro Victor Meyniel (Foto: Reprodução / Tag Noícias)](https://i0.wp.com/tagnoticias.com.br/wp-content/uploads/2023/09/Victor-Menyel.webp?resize=950%2C535&ssl=1)
A tipificação da injúria com motivação homofóbica foi defendida pelos advogados, mesmo considerando a orientação sexual de Yuri. Segundo eles, as agressões começaram quando Victor questionou, na portaria do prédio, se as pessoas estavam cientes da orientação sexual de Yuri. Durante o ataque, Yuri repetidamente afirmava: “Eu não sou viado, você que é. Eu não sou viadinho, você que é”.
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O delegado João Valetim Neto, da 12ª DP, revelou detalhes após o segundo depoimento de Victor Meyniel. Ele afirmou que o ator reiterou as alegações feitas no primeiro depoimento, enfatizando que as agressões começaram após seu questionamento sobre a orientação sexual do agressor.
Victor negou ter ameaçado Yuri e sua colega Karina de Assis Carvalho, contrariando o relato dela em seu depoimento. Karina alegou que o ator entrou em seu quarto quatro vezes, fez deboches e se recusou a sair do apartamento.
Porteiro também foi indiciado pela polícia
Na mesma data, o porteiro do edifício, Gilmar José Agostini, também foi indiciado e enfrentará acusações por omissão de socorro, uma vez que testemunhou toda a agressão sem tomar medidas para intervir ou prestar auxílio à vítima.
Os advogados de Victor destacaram que, mesmo que o porteiro tenha considerado perigoso intervir diretamente, ele poderia ter acionado a polícia durante ou imediatamente após as agressões. No entanto, foi Victor quem fez a ligação para o número de emergência 190 enquanto estava no chão.