Recentemente, um anúncio de vaga de emprego em um renomado escritório de advocacia de São Paulo causou um grande impacto nas redes sociais. O requisito que gerou polêmica foi a experiência em relacionamentos abusivos.
Esse anúncio, inicialmente compartilhado em um grupo fechado do Facebook voltado para oportunidades de trabalho no campo jurídico, rapidamente ganhou proporções virais quando um usuário do antigo Twitter o compartilhou, acumulando mais de 73 mil curtidas.
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O advogado responsável pelo escritório, Artur Capano, esclareceu a situação em um vídeo divulgado nas redes sociais. Ele explicou que não buscava candidatos com experiência profissional na área, mas sim indivíduos que tivessem vivenciado essa situação em âmbito pessoal.
Capano ressaltou que o escritório, especializado em casos envolvendo narcisistas, valoriza um atendimento “humanizado” e emocionalmente acolhedor. Afirmou ainda que a experiência pessoal com relacionamentos abusivos é crucial para entender e auxiliar os clientes de forma eficaz.
Com mais de 21 mil seguidores em seu perfil, Capano revelou que a vaga de emprego recebeu cerca de 400 currículos, demonstrando um interesse significativo.
Ao portal G1, o advogado esclareceu que embora a experiência em relacionamentos abusivos fosse desejável, não era obrigatória, e os candidatos só precisavam compartilhar sua história se se sentissem confortáveis.
Em suas palavras, “a preferência é para que o candidato saiba lidar com pessoas que enfrentaram situações similares, mas não é necessário detalhar, pois isso pode revitimizar a pessoa”.
Edson Alves da Silva, membro da Comissão do Direito de Trabalho da OAB-SP, destacou que embora a redação do anúncio possa ter sido controversa, a finalidade de inclusão e acolhimento é crucial para compreender sua validade.
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